Anunciante do CNT
A vice-governadora Daniela Reinehr enviou uma carta ao governador Carlos Moisés da Silva, contendo fortes críticas sobre sua atuação no comando de Santa Catarina. Ela inicia destacando a decepção e perplexidade da população catarinense com os fatos investigados pela CPI da Assembleia e pelo Gaeco sobre a fraude dos respiradores, dizendo que seu desabafo era feito em respeito à população estadual e aos compromissos assumidos durante a campanha de 2018. Recorda ainda as promessas de mudanças, a identificação com os princípios e propósitos do presidente Bolsonaro e destaca os 75,92% dos votos conquistados nas eleições presidenciais.
- Durante este curto espaço de tempo, inúmeras situações causaram-me perplexidade – continua a vice-governadora. A sua incapacidade de sentir gratidão e de gerar empatia, atribuídos fundamentais a quem possui nobreza de espírito, é apenas uma delas. Encetado o nosso mandato, presenciei pessoas serem literalmente descartadas por Vossa Excelência.
Prossegue dizendo que sentiu na pele “tamanha desconsideração”, e cita fatos envolvendo o governador catarinense. E diz não conseguir identificar os motivos de sua exclusão das discussões sobre temas de interesse público estadual.
Um dos atos solenes, a vice foi descartada de uma importante reunião por Moisés da Silva por suposta “insuficiência de cadeiras”. - Lamento que vossa gestão tenha chegado a este ponto e que Santa Catarina esteja sofrendo tanto pelas noticias de falta de ética e de moral! – enfatiza mais adiante Daniela Reihner. Não há mais confiança, não somos mais a dupla! Pelo contrário, Vossa Excelência desfez a chapa tão logo sentiu-se eleito, colocando-se como único representante à frente do governo estadual e trazendo para vosso entorno, o malfadado destino a que chegamos.
Para completar, acusa o governador de estar desconectado do Estado e de seu povo e de se posicionar contra os que produzem, em especial no oeste catarinense.
Conclui: “Cada respirador feito por catarinense me emociona, mas choro mesmo ao pensar que 33 milhões de reais poderiam salvar tantas vidas”.