A prefeitura de Itajaí acatou uma recomendação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) sobre o polêmico tratamento de ozonioterapia para pacientes de Covid-19, com aplicação retal. O prefeito Volnei Morastoni se comprometeu a não iniciar as aplicações experimentais até que haja autorização expressa da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), e também a não fazer mais propaganda sobre a suposta eficácia do tratamento, que não tem comprovação científica.
As duas recomendações foram feitas pelo promotor Maury Viviani, da 13ª Promotoria de de Justiça de Itajaí. No documento, ele alertou o prefeito de que não atender aos pedidos sujeitaria Morastoni a uma ação civil pública.
No ofício enviado nesta quarta-feira (12) pelo prefeito ao MPSC, ele diz que enviará à promotoria a autorização expressa do Conep para o início dos testes, e que não divulgará o tratamento até que tenha em mãos os resultados da pesquisa experimental.
A técnica, que não tem comprovação de eficácia, levou o prefeito de Itajaí a virar assunto mundial. A aplicação de ozônio é a terceira medida “alternativa” adotada pela prefeitura no combate ao novo coronavírus. O prefeito, que é médico homeopata, já distribuiu doses de cânfora, com a promessa de melhorar a imunidade da população, e de ivermectina, vermífugo anunciado como medicação preventiva, que não foi testado em animais nem em humanos para combater o novo coronavírus.