Certa vez realizei uma dinâmica durante uma de minhas falas com o grupo que reúno semanalmente. Para isso, antes de realizá-la, dei uma nota de cem reais a um dos participantes e o instruí para me devolver quando pedisse.
Minha intenção era demonstrar na prática uma das maiores lições que o túmulo pode nos oferecer.
Então, no meio de minha fala perguntei quem teria cem reais para me dar. Assim mesmo, à queima roupa! Enquanto todos me olhavam com certa perplexidade, o rapaz a quem tinha dado a nota de cem, prontamente se levantou e me entregou que havia solicitado.
Pegando a “garoupa”, perguntei aos ouvintes porque foi tão fácil para o moço me dar aquela nota de cem reais. A maioria simplesmente atribuiu o ato à generosidade dele.
Depois de ter revelado que a nota já era minha, todos entenderam rápido aquela entrega tão espontânea. Não que a generosidade não conte, mas existe algo que vem antes dela: a concepção de que nada nos pertence!
Isso mesmo! Para o jovem foi muito fácil me dar uma nota de cem porque a concepção dele era: se não é minha, não tenho dificuldade de entregar.
Assim também é na vida, o túmulo prova que nessa terra, nada realmente é nosso.
Se assim é, que sejamos mais generosos com o outro, de maneira que nossa breve passada pelo planeta azul seja pautada por uma vida de compartilhamento.
Ronei Guimarães (Humanidade)