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Anunciante do CNT

O esporte de Santa Catarina vive um momento delicado. “Talvez o pior da sua história”, como afirma o vice-prefeito de Tubarão, Caio Tokarski. Como reformular competições que há anos são realizadas da mesma forma? Ou ainda manter a experiência de imersão em uma disputa tão tradicional e única que é os Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc)? A prefeitura de Tubarão se solidariza com esporte do município, por isso continua com o apoio aos atletas e aos profissionais de Educação Física que se dedicam para colocar a bandeira tubaronense em tantos pódios, anualmente, mesmo nesse momento de pandemia.

No início deste mês a Fesporte, por meio do presidente da Fesporte, Rui Godinho da Mota, confirmou a realização da etapa estadual dos 60º JASC. A competição está agendada para ocorrer de 17 a 23 de novembro em sedes múltiplas, tendo Brusque, cidade berço do evento, como principal sede desta sexagésima edição. Balneário Camboriú e Rio do Sul também sediarão competições. Florianópolis, Blumenau e Timbó, cada cidade receberá uma modalidade. Diante da notícia, a Fundação Municipal de Esporte (FME) convocou todos os treinadores de Tubarão para uma reunião para a tomada de decisões.

O encontro ocorreu no teatro da Arena Multiuso, nesta quarta-feira (9). Participaram mais de 20 profissionais, incluindo o vice-prefeito Caio e o presidente da FME, Luiz Ernani Buerger. Entre aspectos de logística, infraestrutura, preparação técnica e experiência competitiva, por decisão unânime, a Cidade Azul não participará dos Jogos Abertos deste ano. “Sabemos que nenhuma equipe ou associação está treinando de forma contínua, com uma preparação adequada. Precisamos pensar de forma macro. Como levar as delegações nos ônibus sem aglomerações? Ou manter a estrutura que sempre tivemos nos alojamentos com cozinha, limpeza e outros serviços”, explicou Ernani.

Outro ponto fundamental é a segurança de cada tubaronense. “Não há uma informação concreta sobre questões sanitárias. Pode chegar no mês da disputa e o risco ser gravíssimo de contágio pela Covid-19 nos municípios escolhidos como sede. Será que realmente precisamos nos submeter a isso?”, questiona Caio. Neste mesmo viés, Marcos Paulo Huber, técnico da Associação Desportiva Recreativa Atletismo (ADRA), complementa: “É indispensável considerarmos a integridade física de cada atleta”, destaca. Isso porque a chance de lesão é muito alta. Como deixar o atleta na sua condição máxima de rendimento com poucas semanas de periodização?

É sobre isso que o técnico da Associação Tubaronense de Natação (ATN) Eduardo Morini revela. “Fiquei muito receoso. Não esperava que sairia alguma competição presencial este ano. Acredito que o Brasil vem tomando algumas decisões precipitadas em relação ao esporte. Principal aspecto que precisamos pensar são os protagonistas da competição, os atletas. Muitos nem conseguiram voltar a treinar ou estão praticando na intensidade que deveriam. O risco de lesionar não é de ficar dois ou três meses parado e sim muito mais tempo, dependendo da gravidade do trauma ou contusão. Nós somos técnicos. Conhecemos nossos atletas. Eles não vão querer deixar leve, se optarmos por ir para o Jasc”.

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