Após a morte de um cão de estimação da família do governador de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva, na virada do Ano-Novo, provavelmente em virtude de fogos de artifício com sinais sonoros, o que, acredita o chefe do Executivo no Estado, tenha provocado um mal-súbito no animal, um projeto para acabar de vez com este tipo de produto em terras catarinenses é estudado e pode ser colocado em prática no próximos dias.
Segundo Moisés, o cachorro que veio a falecer, de nome Tobias, foi retirado das ruas e estava com a família há muitos anos, assim como outro animal, também vira-lata. A morte ocorreu no jardim da Casa D’Agronômica e foi notada somente horas depois. “Além dos animais, os fogos com barulho atrapalham a recuperação de pacientes em hospitais e assusta moradores de asilos”, elenca o político. “Queremos estimular os fogos com luzes e cores, apenas”, complementa.
Para que a proposta possa, na prática, virar lei, o Executivo precisa colocar no papel encaminhá-la à Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), onde os parlamentares irão estudá-la e votarão pela aprovação ou rejeição. Depois, caso aprovada, basta seguir à sanção do próprio governador. Poderá haver algum tipo de descontentamento, principalmente por fabricantes de fogos de artifício no Estado, já que a medida poderia acarretar em um colapso momentâneo no setor, até que ocorra a total readequação dos produtores e clientes, que deverão se acostumar com os futuros fogos silenciosos.
Outro público que sai beneficiado com a futura alteração no setor é o dos autistas e seus familiares, haja visto que as pessoas com o transtorno estão entre as que mais são afetadas por fogos com sinais sonoros. O autismo, por si, já prejudica a capacidade de se comunicar e interagir. Afeta o sistema nervoso. O alcance e a gravidade dos sintomas podem variar amplamente. Se há fogos de artifício com barulho, estes sintomas podem duplicar ou triplicar, em alguns casos, levando o autista a um total desespero.
Confira o vídeo do governador
