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A doença infecciosa causada pelo parasita do gênero Leishmania teve o segundo caso confirmado em um cão de Tubarão, nesta segunda-feira (17). O primeiro caso, registrado no início do ano, tratava-se de um caso importado, de outro município. A Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ) avalia a situação e, nesta quinta-feira (20), começará a realizar visitas no bairro Vila Moema, onde o foi confirmado, para pesquisas e orientações sobre a zoonose.

A leishmaniose é transmitida por insetos hematófagos (que se alimentam de sangue) conhecidos como flebótomos ou flebotomíneos e pode ser encontrada de duas formas: a cutânea, acomete a parte externa, como feridas na pele; e a visceral, a forma mais grave da doença, quando atinge os órgãos sistêmicos. No animal do município, a leishmaniose encontrada foi a visceral, quando a doença ataca, principalmente, fígado, baço e medula óssea.

Por sem considerada perigosa, a zoonose precisa ser evitada e tratada de forma ágil. Desta forma, a equipe da UVZ junto com uma equipe da 19ª Gerência Regional de Saúde realizará a pesquisa de campo nas proximidades do bairro Vila Moema, onde o cão positivo reside. O objetivo é descobrir evidências da presença do mosquito-palha, o transmissor da doença, na região.

“Nós precisamos orientar os moradores sobre a doença e descobrir se há mais animais com a mesma sintomatologia. Por isso, pedimos para que os moradores que podem receber a visita das equipes, que participem. É muito importante para a saúde de todos”, ressalta a coordenadora da UVZ, Gabriela Nunes.

A doença

Leishmaniose é considerada uma doença grave, perigosa e de progressão crônica com alta taxa de letalidade, de acordo com Ministério da Saúde, se não tratada, a doença leva a óbito até 90% dos casos contaminados. A principal fonte de infecção são os flebótomos, pequenos insetos conhecidos como mosquito-palha. Cães e animais silvestres podem ser hospedeiros da doença ao serem contaminados pela picada.

Como o cão normalmente tem contato próximo ao ser humano, quando doente pode oferecer riscos à saúde pública da região, caso se o mosquito picar o animal contaminado e depois picar o ser humano. É importante lembrar que a doença não é contagiosa e que o animal não transmite diretamente a doença, pois a transmissão só acontece por meio da picada do mosquito.

Sintomas

• Nos cães

Leishmaniose cutânea: lesões graves na pele acompanhadas de descamações e, eventualmente, úlceras, falta de apetite, perda de peso, lesões oculares (tipo queimaduras), atrofia muscular e, o crescimento exagerado das unhas.

Leishmaniose visceral: emagrecimento, queda de pelos, crescimento e deformação das unhas, paralisia de membros posteriores, desnutrição, entre outros.

• Em humanos:

Leishmaniose cutânea: As lesões de pele podem ser únicas, múltiplas, disseminada ou difusa. Elas apresentam aspecto de úlceras, com bordas elevadas e fundo granuloso, geralmente indolor. As lesões mucosas são mais frequentes no nariz, boca e garganta.

Leishmaniose visceral: febre de longa duração; aumento do fígado e baço; perda de peso; fraqueza; redução da força muscular e anemia.

Tratamento

Há tratamento para os dois tipos da doença para os humanos de maneira gratuita e específica, pelo Sistema Único de Saúde. Para os animais, há remédios que tratam os sintomas, mas por serem hospedeiros, eles permanecem com o parasita no organismo, podendo transmitir a doença, se forem picados pelo mosquito transmissor.

Prevenção

A prevenção se dá no combate ao mosquito transmissor, por meio da higiene ambiental de toda a comunidade, como:

  • Limpeza periódica dos quintais para a retirada da matéria orgânica em decomposição (folhas, frutos, fezes de animais e outros entulhos que favoreçam a umidade do solo, locais onde os mosquitos se desenvolvem);
  • Dar um destino adequado do lixo, para impedir o desenvolvimento das larvas dos mosquitos;
  • Limpar com frequência os abrigos de animais domésticos;
  • Utilizar repelentes na pele, quando estiver em matas;
  • Usar telas protetoras em janelas e portas.

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