Após três meses de trabalhos e mais de 30 depoimentos, a Comissão Parlamentar de Inquérito formada para investigar a compra de 200 respiradores que nunca chegaram em Santa Catarina apresenta relatório final na tarde desta terça-feira, 18, na Alesc.
A principal expectativa em torno do relatório é se haverá ou não pedido de indiciamento do governador Carlos Moisés (PSL). O relator da comissão, deputado Ivan Naatz (PL), tem dado declarações e falado em conduta “omissiva e comissiva” do governador.
O mesmo Naatz que já declarou que Moisés “mentiu” à comissão, em entrevistas à Coluna, no entanto aponta que “questões punitivas” ficarão por conta do Ministério Público, a quem o relatório será encaminhado.
O documento de 115 páginas, segundo o relator, deverá conter ainda um pedido de ressarcimento aos cofres públicos e sugestões de alterações legislativas para maior controle de compras públicas em situações de calamidade.
Segundo o deputado, a CPI deverá reforçar pedidos de indiciamento de agentes públicos e privados envolvidos na negociação, que causou um prejuízo de R$ 33 milhões aos cofres do Estado.
Com um processo de impeachment já andando na Alesc, o relatório final da CPI dos Respiradores pode colocar o governador Moisés ainda mais contra o corner.