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Sem dúvida, as crianças trazem muita alegria ao casamento. Porém, com o nascimento dos filhos, muitos casais acabam se afastando e deixando o romantismo de lado. A vida corrida do dia a dia e o estresse são as desculpas mais frequentes para esse afastamento.

Além disso, alguns comportamentos observados em diversos lares complicam ainda mais essa situação como, por exemplo, os filhos pequenos que dormem frequentemente na cama dos pais, tirando sua privacidade; casais que deixam de fazer programas a dois como jantar fora ou fazer um passeio romântico, entre outros.

Com a chegada do primeiro filho no relacionamento a dois, a rotina muda e surgem novas responsabilidades, tarefas e um estilo de vida que deixa de ser a dois e passa a ser em grupo. É normal que o casamento sofra um baque – tanto que esse impacto tem até nome: baby clash, ou choque do bebê, em tradução livre.

Muitos especialistas argumentam que dividir o leito com as crianças compromete a intimidade do casal, mas incontáveis outros defendem que é a melhor decisão para algumas famílias. Na minha opinião, caso o casal opte pela cama compartilhada, o ideal é manter os momentos de privacidade em outro ambiente da casa ou definindo dias da semana para dormir sozinhos.

É muito comum os pais de primeira viagem colocarem o bebê recém-nascido para dormir no meio do casal. Compreensível nos primeiros dias, até porque facilita e muito às mamadas noturnas, sem a necessidade da mãe ter que fazer movimentos bruscos ao levantar da cama para atender às necessidades do bebê. Todavia, muitos pais vão se acostumando com essa rotina e, acabam esquecendo-se que num relacionamento a dois há necessidade de intimidades. Nos primeiros dias o bebê passa a dormir o meio do casal. Semanas depois, o pai passa a dormir num colchão no chão ao lado da cama do casal ; logo após , passará a dormir no quarto do bebê que por sinal já cresceu e não é tão bebê assim. Tudo para o bem estar do filho! E o casal? Como fica nisso tudo? Relacionamento que inicialmente era quente, passou rapidamente a ser morno e posteriormente , frio.

Para evitar que o seu relacionamento não seja exterminado porque um novo ser chegou para trazer alegrias e não tristezas ao casal, conversem a respeito. Filhos precisam ter horário e local para dormir. É normal que os filhos queiram dormir na cama dos pais. Eles vivem a fantasia de serem atendidos em todas as suas demandas. Essa é a primeira forma de fazerem contato com o mundo, pois sua percepção é egocêntrica, ou seja, eles se vêem como centro do universo e, como tal, é natural desejarem ocupar todos os espaços. Cabe aos pais construir o limite entre o que o filho deseja e o que é possível realizar. Esse limite é importante para ajudar a criança a desenvolver autonomia e tornar-se um adulto independente emocionalmente.

É preciso respeitar o vínculo familiar e o fluxo natural do desenvolvimento subjetivo da criança. Porém, o adequado é garantir a ela um espaço privado para dormir, desde o seu nascimento. Quando isso não é possível, é importante criar valores de propriedade para a criança entender a diferença entre o espaço que ela ocupa e o que os pais ocupam, ou seja, cada um deve ter a sua cama.

Como o casal pode preservar a intimidade sem que haja a interferência dos filhos?

Em primeiro lugar, é necessário que o casal entenda a presença do filho enquanto um terceiro na relação. Desta forma é possível incluir esse terceiro, demarcando o espaço que lhe cabe. A partir dessa demarcação inclusiva, o tempo pode ser dividido razoavelmente a fim de atender à demanda do filho e do casal. É de suma importância manter a privacidade a dois; considerando a complexidade dos cuidados que um bebê evoca, é natural que essa divisão seja em partes desiguais no início da vida a três, porém, é preciso paciência e generosidade para suportar essa desigualdade que caminha ao longo do tempo para uma divisão mais equiparada. Independente desse cuidado concentrado é preciso salvaguardar o espaço do casal, mesmo que em pequenas doses de tempo, porém, o suficiente para fortalecer a dupla perante a jornada maternidade/paternidade sem deixar esquecida a jornada marido/mulher.

O que o casal pode fazer para manter a chama sempre acesa?

Criatividade e generosidade são as palavras de ordem. É preciso aprender a lidar de forma generosa com as mudanças que um filho promove na vida. O casal tende a vivenciar muitos impedimentos no relacionamento. Na prática, o tempo torna-se escasso e a disposição para intimidade também. Essas alterações são de certa forma naturais, porém, é preciso ter atenção para evitar o afastamento do casal em si. É necessária a proximidade emocional não só para dividir as tarefas, como para desfrutar das alegrias em torno do filho. Cuidar da família, em parceria, ajuda a revitalizar as energias individuais e, com isso, o canal criativo permite aproveitar os pequenos espaços de tempo nos quais a chama pode não só acender, como queimar.

Enfim, dando atenção ao filho em conjunto, sobra tempo e energia para a atenção mútua. No que diz respeito à maternidade/paternidade, existe, por um lado, muita fantasia em torno desse momento e, por outro lado, a repressão dos sentimentos negativos em relação ao choque de uma nova realidade. É preciso diminuir as expectativas de perfeição e controle que circulam em torno dessa experiência geradora de tanta ansiedade.

Use a criatividade! Desperte a sexualidade!

Beijos no coração !

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