O entrevistado de hoje na Série Eleições 2020, do Portal CNT Tubarão, é o pré-candidato a prefeito de Capivari de Baixo, Expedito Michels (Cidadania), de 58 anos. O empreendedor, que é diretor da Fucap Univinte, apresenta-se, pela primeira vez, como possível nome à disputa na prefeitura da cidade termelétrica. Ele informa que já está se preparando intensivamente nesta pré-campanha e garante, uma de suas macropropostas é criar um hospital com H maiúsculo no município. “A comunidade capivariense está solicitando, há anos, um hospital. Cidades como São Martinho e Treze de Maio, que são menores que Capivari, têm hospitais, mas aqui não, isso é inadmissível”, defende.
Há poucos dias, o Cidadania, que deverá concorrer com chapa pura na majoritária, definiu o nome do pré-candidato a vice-prefeito, Aurimar da Silva. Expedito explica que a dupla se enquadra e se complementa diante dos objetivos da cidade. “O plano que estamos montando nada mais é que ter a percepção daquilo que Capivari necessita, como a Regularização Fundiária Urbana (Reurb). Cerca de 50% dos moradores não têm escritura”, resume.
Expedito, que é natural de São Martinho e mora em Capivari há 21 anos, revela que esta pré-candidatura é estudada há quase 15 anos. “Foram muitos os convites”, aponta Michels, mas só agora, no pleito de 2020, decidiu-se se lançar com pré-postulante ao Executivo capivariense.
“A presidente estadual do Cidadania é a deputada federal Carmen Zanotto, que é enfermeira de formação e está muito ligada ao Ministério da Saúde, ou seja, é uma área que teremos muito apoio. Além disso, a parlamentar está entre as que mais angaria recursos, via emendas federais, para o município”, enaltece Expedito.
Ele aponta que políticas de desenvolvimento fazem a diferença. Na área da educação, aponta sobre a importância de se pagar o piso nacional do magistério, melhorar a estrutura de recursos humanos e criar contraturnos para os estudantes, principalmente com atividades lúdicas e esportivas. “O mais importante de tudo é garantir a qualidade do ensino básico a todas as crianças e adolescentes”, pretende.
Na área de segurança, “quero dar os parabéns comandante da PM de Capivari de Baixo, tenente Alan Wiggers, que está fazendo um trabalho brilhante, reduzindo a criminalidade dos casos mais graves em quase 70%”, enumera o pré-candidato. Sobre a Guarda Municipal, aponta que é preciso intensificar o treinamento, capacitação e aprimorar as ferramentas de trabalho, comunicação e inteligência. Ele também adianta que é a favor das câmeras de monitoramento, mas alerta que será preciso uma revisão, por meio da Câmara de Vereadores, sobre o valor da multa aprovada atualmente. “Não condiz, hoje, com a realidade da família brasileira. Tenho amigos que deixaram de trafegar de moto e passaram a andar de bicicleta”, brinca Expedito.
Michels ainda falou sobre a importância da Engie para Capivari e adianta que uma possível nova taxação tributária poderá ser adotada na cidade. “É necessário reduzir o imposto para atrairmos novas empresas e indústrias”.
No setor de infraestrutura, o pré-candidatado menciona o recente plano diretor aprovado na Casa Legislativa. “O trânsito de algumas vias deverá ser modificado após um estudo de uma comissão especializada. É preciso, também, que saia do papel, de uma vez por todas, a construção da ponte Capivari/Tubarão. Já existe uma proposta desde a década de 1970, iniciada pelo Exército, que se propôs a erguer a obra na época, depois a ideia foi ventilada por alguns prefeitos dos dois municípios, mas nada saiu do planejamento”, conclui.
Currículo e história
Expedito começou a estudar na escola isolada, em turma multisseriada, em 1969, na praia do Lessa, em Imaruí. A escola foi erguida no terreno de doação do seu pai, Altanir.
Em 1974, com 11 anos, foi estudar em Sanga Morta, Armazém, e, por falta de transporte escolar, foi morar com o seu tio recém-casado, ajudava na colheita de batata para tratar dos porcos e carregava fumo com zorra, para a estufa do tio Martinho Wensing. Todos moravam no paiol dividido com lençóis.
Em 1977, com 14 anos, foi morar em Campo de Trigo, em Canoinhas, para estudar no colégio interno para formação de Técnico em Agropecuária. Vinha ver sua mãe uma vez por ano, seu sonho de ser religioso de profissão ficou para trás. Foi gerente de produção da granja de coelhos na comunidade de Aratingaúba, em Imaruí – de 1980 a 1984.
No ano de 1985, foi para Souza Cruz vender adubo e comprar a produção dos agricultores de Tubarão – margem direita, Treze de Maio, Jaguaruna e Pedras Grandes.
Formou-se em Administração na FESSC no ano de 1987, e, em 1989, formou-se também na pós-graduação de Economia Empresarial. E, em 2012, formou-se mestre em Gestão Universitária pela Ufsc.
Expedito trabalhou em três instituições de ensino, entre os anos de 1989 a 1998, e, no ano de 1999, fundou a Univinte no bairro Santo André, em Capivari de Baixo. Em setembro de 2000, implantou ensino superior em Capivari – o curso de Pedagogia da Udesc.
Na primeira década do terceiro milênio, apenas 16% das professoras tinham faculdade em Santa Catarina. Esta foi a primeira contribuição na formação básica que Expedito proporcionou, sendo ele próprio o primeiro tutor EAD no Sul de Santa Catarina.
Em novembro de 2001, nascia a Fucap no Ministério da Educação. Mantida pela Univinte, empresa dirigida por Expedito Michels desde 1999. Em 20 anos, implantou 11 cursos superiores e 42 cursos de pós-graduação em Educação, Administração, Contabilidade e Hotelaria. Agora também com cinco Engenharias, Direito, Psicologia e Odontologia, e Medicina Veterinária será o próximo curso. Já foram emitidos mais de 60 mil certificados e diplomas de Florianópolis a Porto Alegre.
Expedito presta apoio à comunidade em ações ambientais como a limpeza do Rio Tubarão, apoio aos Protetores Ambientais e o apoio direto ao Parque Ambiental Encantos do Sul, tudo como voluntário.
Ele se diz cidadão de mil habilidades, humildemente, garante que sabe fazer de tudo; e, se não souber, sabe quem faz. “Quem tem boca, vai a Roma e quem procura, acha”.
Expedito empreendeu em Capivari por escolha
Veio para Capivari porque quis, acreditou na cidade sem ter obrigação de fazer o melhor, como ele mesmo define, mas afirma que sempre deu o seu máximo.