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Anunciante do CNT

O debate em torno dos desafios da cadeia produtiva do carvão, no Sul do Estado, foi tema de uma reunião de trabalho com a presença do governador Carlos Moisés, na noite de quarta-feira (9), em Criciúma. No encontro, foi determinada a criação de um grupo de trabalho para discutir alternativas diante da intenção – pela empresa Engie – do início da desativação do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda.

A reunião, na prefeitura de Criciúma, também contou com a participação do presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, Júlio Garcia, deputados, prefeitos da região da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec) e representantes do setor carbonífero e do Ministério Público Federal em Criciúma, que explanaram sobre a importância do complexo para a economia do Sul do estado e da necessidade de unir esforços para resolver o problema que preocupa gestores municipais da região.

O governador defende a ação integrada para soluções resolutivas. O grupo de trabalho é composto por parlamentares estaduais e federais, integrantes do governo do Estado, prefeitos, representantes do Ministério Público Federal e das empresas do setor, entre outros. Carlos Moisés afirma que é preciso agilidade nas discussões da pauta.

“Nós sabemos do impacto que vai gerar se as atividades forem desestimuladas. São mais de 20 mil empregos diretos gerados na região, tem impacto na movimentação da ferrovia e em outros segmentos. Estamos aqui para nos unirmos em torno do setor, nos anteciparmos aos problemas e pensar o futuro da atividade e de todo o setor”, reitera.

Carlos Moisés afirmou ainda que o grupo deverá propor agendas com o Governo Federal em busca de alternativas para o setor.

O prefeito Vicente Costa, de Capivari de Baixo, um dos mais afetados por uma possível desativação do complexo, avalia como um grave problema econômico para o município, a suspensão das atividades. “Seria uma catástrofe para o nosso município que depende muito dos impostos e dos empregos em torno da termelétrica”, frisa.

Uma nova reunião para encaminhamentos sobre o tema ficou agendada para a próxima segunda-feira (14), no município de Tubarão.

Na manhã da última segunda (7), a Engie externou a intenção de desativar a usina termelétrica Jorge Lacerda a partir de 2021, quando será iniciado o desligamento dos geradores. O setor gera mais de 20 mil empregos diretos e indiretos. A decisão da empresa irá mudar a vida de muitas pessoas de Capivari e região.

Dois dos sete geradores existentes na usina serão desligados em 2021. A decisão da direção da Engie de desativar a Jorge Lacerda foi repassada em comunicado interno aos funcionários na última sexta-feira (4).

A empresa já tem o cronograma para desativação total até 2025: UTLA: Unidades 1 e 2 em 12/2021; UTLA: Unidades 3 e 4 em 12/2023; UTLB e UTLC: Em 12/2025.

o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda foi concebido pelo governo federal na década de 1960 para utilização do carvão mineral da região Sul de Santa Catarina e proporcionar, ao sistema elétrico, uma reserva estratégica, principalmente em períodos de escassez de chuvas.

É constituído por sete grupos geradores, agrupados em três usinas: Jorge Lacerda A, com duas unidades geradoras de 50 MW e duas de 66 MW cada, Jorge Lacerda B, com duas unidades de 131 MW cada e, Jorge Lacerda C, com uma unidade geradora de 363 MW, totalizando 857 MW. A garantia física para comercialização da sua energia é de 649,9 MW médios e sua autorização para funcionamento tem vigência até 2028.

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