Neste pleito, tivemos que nos readequar e aprender um novo modo de participar das eleições. As redes sociais, por exemplo, nunca tiveram tamanha importância.
A evolução das tecnologias, o surpreendente crescimento do acesso à internet e o comportamento dos eleitores, mostraram que o cenário, a partir de então, seria diferente. Nas últimas eleições, a campanha política foi, de fato, realizada nas redes sociais por candidatos, eleitores e militâncias.
Ao analisar a duas ou mais eleições atrás, nunca havia visto tantas pessoas discutindo e tomando posicionamento nas redes sociais,ainda sim, que ao mesmo tempo estivesse se criando o estado de negação a (à) política e suas figuras, sentimento este que continua crescendo em nosso país.
‘’De acordo com uma pesquisa de opinião do Instituto Datasenado, nas Eleições de 2018 quase metade dos entrevistados (45%) afirmou ter decidido seu voto levando em conta informações vistas em alguma rede social, sendo que a principal fonte de informação foi o aplicativo de troca de mensagens WhatsApp. Das 2,4 mil pessoas entrevistadas, 79% disseram utilizar o aplicativo para se informar.
‘Com relação às eleições, as redes sociais que tiveram maior impacto nas eleições foram o Facebook (31%), o WhatsApp (29%), o YouTube (26%), o Instagram (19%) e o Twitter (10%)’’. – Paulo Scharwz.
Em nossa região houve um grande exemplo disso, com a criação de grupo de apoiadores e o auxílio dos mesmos nos engajamentos de publicações sendo feitas em outras redes, servia até mesmo como um meio de medir a força das chapas dispostas a majoritária nos municípios.
Partindo de um início de construção de uma candidatura, você anuncia sua candidatura e automaticamente vai organizando seu grupo de militância online, crescendo e ampliando sua base, garantindo que de forma gratuita e remota, seu discurso seja espalhado apresentando seu histórico, com o porquê da candidatura, o que representa, quem representa, suas principais bandeiras.
Mostrando isso desde o início de forma clara e organizada, você fica mais propenso ao êxito de ser eleito. A internet é um elemento fabuloso. Mas ao mesmo tempo um espaço traiçoeiro, as redes sociais hoje em dia funcionam como um registro histórico da sua linha do tempo, cair em contradição ou se tornar uma nova persona para o período eleitoral é um tiro no próprio pé.
A coerência em um discurso de uma figura pública tem que ser seguida do início ao fim. Propostas inseridas em planos de governo ficam gravadas na memória do caro eleitor que emitiu sua decisão de voto cumprindo sua cidadania, acreditando nelas, principalmente em eleições municipais onde a personificação política é tão forte.
