Nesta quarta-feira (27), a Polícia Civil, por meio da DIC de Laguna e o Serviço Aeropolicial (Saer) Sul, fez nova operação na Cidade Juliana atrás do paradeiro de de Diego Scott.
Esta é a quinta ação de buscas realizada pela Polícia Civil. Na semana anterior, outras quatro foram deflagradas. Tanto o delegado que comanda as investigações como a própria PM, que chega a ser citada por alguns parentes e amigos de Diego como a última a ser vista com ele, dizem que o caso segue sob sigilo.
Na última noite de 15 de janeiro, Scott se envolveu em uma discussão familiar e a Polícia Militar foi acionada para manter a ordem. A versão oficial dada pelos policiais que atenderam a ocorrência é que o rapaz não estava no local, mas uma filmagem de uma câmera de vigilância contradiz o relato, pois gravou o momento em que os policiais o colocam na viatura, depois disso, pelo protocolo, ele deveria ser levado a uma delegacia, o que, segundo os familiares, não ocorreu.
O homem, morador do bairro Progresso, que é dependente químico, não foi mais visto e a família já iniciou a procura no dia seguinte ao sumiço. “A PM foi chamada, esteve no local e depois de uma hora de conversa, eles resolveram fazer a prisão do Diego. Daí tudo certo, fizeram o procedimento, revistaram ele, algemaram e colocaram na viatura. Os parentes imaginaram que ele tinha sido levado para a delegacia”, conta o advogado Breno Schiefler Bento, que representa a família.
A Polícia Militar também apura o caso. “Esse rapaz teria se envolvido em uma operação policial e, após, ele não teria sido mais visto. A partir do momento que ficamos sabendo da situação, repassamos para que os policiais fizessem rondas e buscassem encontrá-lo”, descreve o major Josias Machado, subcomandante do 28º Batalhão de Laguna.
Uma sindicância foi instaurada pela PM, que investiga a participação dos dois profissionais que atenderam a ocorrência. O Ministério Público deve ser acionado e também pode pedir mais detalhes e iniciar uma investigação independente.