Tatiani Fernandes Teixeira, de 33 anos, morreu na noite deste domingo (31), no Hospital São José, em Criciúma, onde estava internada desde dezembro passado. Ela era graduada em Administração, mestre em Educação e especialista em Gestão Empresarial e de Recursos Humanos. Morava em Jaguaruna e lutava contra um câncer. Nas últimas semanas, mobilizou uma campanha de doação de sangue e medula óssea na região.
Foi docente na Faculdade Capivari (Fucap), Faculdade Senac e no Instituto Federal de Santa Catarina (Ifsc). No último dia 13, veio o diagnóstico de Mielodisplasia, uma espécie de pré-leucemia. Antes disso, ela já havia tratado e se curado de outros dois cânceres. A Fucap e o Ifsc emitiram nota de pesares. “Nossos sentimentos à família e amigos. Que Deus conforte os corações de todos”, resume uma das notas.
Também no dia 13 de janeiro, Tatiani escreveu o seguinte texto em sua rede social: “E, após 15 dias de muita angústia e medo internada aqui no hospital, 3 biópsias na medula finalmente o diagnóstico final. Infelizmente não muito leve e simples quanto eu gostaria, Mielodisplasia ou Síndrome Mielodisplásica, uma espécie de pré-leucemia que acontece quando as células localizadas na medula óssea começam a apresentar problemas em sua produção e em seu amadurecimento, ocasionando uma superpovoação de células jovens (blastos) incapazes de exercerem corretamente suas funções, pois não estão maduras para isso, o que compromete a produção de células saudáveis.
No meu caso classificado como AREB2-Anemia Refratária com Excesso de Blastos-2. Possíveis causas: os tratamentos que já precisei passar na luta contra o câncer duas vezes. Tratamento: quimioterapia, medicamentos, sangue… para no futuro um transplante. Ainda estamos absorvendo tudo (eu e minha família), não é fácil pra mim vê-los pela terceira vez com esse semblante de amor e preocupação… nao é fácil saber que não tenho previsão de alta… não é fácil imaginar tudo que virá pela frente… não é fácil pausar meus sonhos e planos pela terceira vez… não é fácil aceitar mais essa luta… Confesso, dá um afago ver tanta gente se doando, doando de si, doando o próprio sangue para me ajudar a ficar boa logo, Gratidão – essa imagem é para cada um de vocês que de alguma forma se fez/faz parte de mais essa batalha. Gostaria de finalizar com uma frase bem otimista, inspiradora e que remetesse a frase que tenho tatuada no braço, mas hoje fico devendo, amanhã já início a quimio e a cabeça e o coração estão a mil… um dia de cada vez… orem por mim…”.