A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu comunicado de risco para todas as instituições de saúde do país sobre registro de casos de Pseudomonas Aeruginosa resistente a carbapenêmicos associada aos genes blaKPC e blaNDM.
A solicitação pedia o reforço e a vigilância em todos os serviços de saúde a estes agentes. A bactéria multirresistente Pseudomonas aeruginosa foi localizada no Paraná e em Santa Catarina.
No Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), em Tubarão, foram enviadas amostras ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) de casos monitorados de bactérias multirresistentes que apresentavam este perfil.Segundo a assessoria do HNSC, nove pacientes confirmaram infecção por esta bactéria. Destes, três vieram a óbito e seis tiveram alta hospitalar.Há 10 dias a própria Vigilância Sanitária do Estado esteve fazendo uma fiscalização no HNSC em relação ao caso. “O Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) informa que são enviadas amostras ao LACEN-SC semanalmente para controle e vigilância de bactérias multirresistentes, garantindo a segurança aos pacientes que estão internados no HNSC.
Atualmente não há casos confirmados de Pseudomonas Aeruginosa resistente a carbapenêmicos associada aos genes blaKPC e blaNDM na instituição, mas existem pacientes em vigilância e aguardando confirmação laboratorial”, explica a assessoria do hospital em nota.
A Pseudomonas aeruginosa é uma bactéria muito temida, sendo uma das principais bactérias causadoras de infecções hospitalares e em pacientes com fibrose cística. Trata-se de um bacilo gram-negativo não fermentador de lactose.Os fatores de risco bem conhecidos para desenvolvimento da infecção por essa bactéria incluem a imunossupressão, queimados, ventilação mecânica e fibrose cística.