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A 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Laguna, com atribuição no controle externo da atividade policial, apura o desaparecimento de Diego Bastos Scott e acompanha as investigações da Polícia Militar, da Corregedoria do 28º Batalhão da PM e da Divisão de Investigação Criminal de Laguna sobre o caso. Diego não é visto desde o dia 15 de janeiro, quando, após a Polícia Militar ser chamada para atender a uma ocorrência, dois policiais militares o teriam algemado e colocado em uma viatura caracterizada.

No decorrer desta semana, as investigações avançaram com a realização de buscas em campo e por helicóptero, além de busca com o auxílio do Corpo de Bombeiros com o esvaziamento de uma piscina abandonada, e as apurações do Ministério Público seguem em andamento fiscalizando as diligências, com a expectativa de que em breve haja uma conclusão.

A apuração da 1ª PJ teve início no dia 21 de janeiro, quando o fato foi comunicado ao Ministério Público pelo advogado da família do desaparecido. No dia 22 de janeiro, a Promotora de Justiça Raíza Alves Rezende recebeu a companheira de Diego, Alexandra Joaquim, e instaurou uma notícia de fato para acompanhar o caso.

Desde então, o Ministério Público tem acompanhado as investigações e atuado para viabilizar a coleta de provas e as medidas cautelares necessárias para o bom andamento das apurações. Um exemplo foi no afastamento dos policiais suspeitos pedido pela Polícia Civil em representação feita pelo Delegado de Polícia Bruno Pereira Fernandes, que também solicitou que eles fossem proibidos de viajar para fora das comarcas em que residem.

“Ainda, no bojo do procedimento militar, afere-se que foram apresentadas declarações divergentes pelos policiais o que demonstra que, por cautela, devem ser suspensos das atividades no interior do Batalhão. A medida também é necessária para garantia da ordem pública, tendo em vista a repercussão social causada pela notícia, já veiculada em jornais deste Estado, devendo ser resguardada a lisura, legalidade e transparência das investigações, evitando questionamentos acerca de eventual interferência dos suspeitos, que ainda atuam em atividades administrativas internas”, manifestou-se Raíza Alves Rezende, favoravelmente ao afastamento.

Segundo a Promotora da Justiça, por ser um caso complexo, a atuação do Ministério Público, nesta etapa, tem o objetivo de contribuir para a celeridade e a transparência das investigações. Os procedimentos estão sob sigilo, por isso o Ministério Público, neste momento, não pode detalhar o que já foi apurado, sob pena de prejudicar o esclarecimento do caso.

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